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  • BUSINESS INTELLIGENCE (BI) E A IMPORTÂNCIA DOS KPIS NO TRADE MARKETING

    BUSINESS INTELLIGENCE E SUA EFETIVIDADE

    O termo Business Intelligence (BI) refere-se ao processo de organização, coleta, análise, monitoramento e compartilhamento de informações e transformá-los em ações relevantes que possam ser usadas no dia a dia da organização.
    Os times de campo capturam os mais variados indicadores no PDV, como ruptura, estoque virtual, validação de pontos extras, precificação, ações da concorrência entre outros.

    Posteriormente, os dados são compilados em relatórios para que o gestor da área juntamente com o BI, possam avaliar e traçar estratégias.
    Afinal, pouco adianta cobrir os PDVs (pontos de venda) com grandes equipes e coletar todas as informações se a empresa não estiver preparada para as análises.

    O trabalho de BI envolve basicamente projeções e planejamento de estratégias, auxiliando no melhor direcionamento da empresa em determinado segmento e antecipando a tomada de decisões.
    E a agilidade na tomada de decisão é fundamental no sucesso das operações de trade marketing.

    O trabalho de BI é de fundamental para transformação de dados em indicadores efetivos, importância para a assertividade das ações de trade marketing e, consequentemente, para o resultado de vendas.

     

    A IMPORTÂNCIA DAS MÉTRICAS NO TRADE MARKETING

    O departamento de trade marketing tem como desafio alavancar as vendas no sell in e, principalmente, no sell out, impactando diretamente os resultados da indústria e do varejo .
    Para isso, a disponibilização de informações estratégicas e a consolidação de uma gestão inteligente são de extrema importância.
    Para isso servem os KPIs: para medir a efetividade de processos internos e resultados de mercado.
    As informações geradas pelos KPIs colaboram para que a empresa como um todo alcance seus objetivos, afinal, as estratégias de negócio são orientadas por métricas e estas, por sua vez, são baseadas em dados e informações.

    Especificamente no trade marketing, além da definição dos indicadores, é de extrema importância definir o método para calcular o ROI, entre outros aspectos da operação.
    A má gestão destes indicadores pode gerar uma interpretação equivocada do desempenho da execução.
    Quanto ao ROI (o retorno sobre investimento), cada organização acaba adotando diferentes metodologias para o cálculo.
    Mas o importante é que ele reflita a relação de custo x benefício do ponto de venda.

    E o que devemos lembrar é que é possível tornar as informações mais precisas com o uso de uma boa ferramenta de tecnologia nas operações de Trade.

     

    COMPART E BI

    A COMPART  oferece a ferramenta proprietária COMPTRADE para coleta e gestão de informações das ações em campo e tem equipes de BI para realização das análises, para otimização dos resultados dos clientes.

    Fale conosco.

  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

    • Os mercados externos amanhecem com viés positivo, particularmente nas bolsas asiáticas. Em Xangai, o índice acionário sobe de maneira mais expressiva, dando sequência à tendência de alta desde o retorno do ano novo lunar chinês. Houve alguns indicadores econômicos mais favoráveis no país, como os dados de comércio externo e mesmo as estatísticas de crédito, que ensaiam uma melhora. Ademais, o tom mais promissor nas negociações sobre a disputa comercial com os EUA é outro fator que deve ajudar a traçar perspectivas melhores na China.

    • Nos EUA, o S&P-500 continua se fortalecendo e agora acumula alta de 18% desde as mínimas de dezembro. Com esta dinâmica, nosso mercado também acaba beneficiado, principalmente se somarmos o impulso dado pelo noticiário que trata da reforma previdenciária.

    • Nos próximos dias alguns dos eventos de destaque no exterior serão a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, documento que deve reforçar a ideia de que a orientação atual é a manutenção da liquidez ampla. Alguns números de atividade, segundo o indicador PMI, também serão conhecidos para as das principais economias em fevereiro. Na Zona do Euro é aguardado algum sinal de acomodação da forte perda de ritmo dos últimos meses.

    •   A pesquisa Focus do Banco Central não trouxe nenhuma alteração relevante no quadro de projeções dos economistas para as principais variáveis macroeconômicas. No âmbito da inflação, a mediana de consenso dos analistas para o IPCA é de 3,87% em 2019, e de 4,0% em 2020. A falta de uma maior aceleração da atividade econômica nos últimos meses, tendo como base os dados conhecidos até então, dão o tom de que o nível de ociosidade é ainda muito alto e, portanto, existem alas que defendem algum afrouxamento adicional na política monetária.

    • É preciso lembrar, também, que no próximo dia 26, o Senado Federal irá promover a sabatina do novo indicado ao cargo de presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Dificilmente os parlamentares apresentarão maiores resistências ao seu nome, e o mercado estará atento às suas primeiras declarações a fim de atribuir probabilidades sobre qual seu prognostico frente a essa questão.
  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

    • Após a divulgação  de que ficou decidida a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para os homens na proposta de reforma da previdência ainda a ser enviada pelo governo ao congresso, o mercado local teve forte desempenho. O Ibovespa subiu mais de 2%, voltando para a marca dos 80 mil pontos, o real apreciou e os juros prefixados cederam, embora neste caso não em intensidade tão significativa, haja vista seus níveis já bastante baixos e, a nosso ver, mais equilibrada com o que se tem em perspectiva para a política monetária futuramente.
    • O fato é que a opção de Bolsonaro ficou na banda positiva do que se esperava na definição dos parâmetros para a reforma. O presidente ainda concordou com um período de transição de 10 anos para homens e 12 para mulheres, até que atinjam a idade mínima. Trata-se de um período menor do que aquele apresentado na reforma de Temer e, portanto, capaz de gerar maior economia de gastos para o governo. Segundo avaliações preliminares de analistas e o que foi sinalizado por Paulo Guedes, com esses parâmetros a redução de gastos deve ser da ordem de 1 trilhão de reais em dez anos. Ainda faltam mais detalhes da proposta, que somente será conhecida no dia 20 de fevereiro segundo comunicado pelas autoridades. Não foi ventilado nada sobre a questão das aposentadorias do setor rural ou sobre a indexação do Benefício de prestação continuada.
    • O ponto relevante é que o projeto entrará no congresso com mais gordura para negociação, abrindo espaço para alguma desidratação, sem resultar em perda expressiva de economia aos cofres públicos. Como Bolsonaro vinha indicando uma preferência por parâmetros menos rígidos, temia-se que o projeto inicialmente proposto pudesse ser já menos ambicioso e ainda ser atrofiado nas negociações políticas.
    • Agora a questão é o prazo até que o governo se organize melhor, saneando a questão da crise envolvendo o Secretário Geral, Gustavo Bebianno, para ter força a eficiência nas articulações junto aos parlamentares. As críticas de analistas ao atrito envolvendo um dos filhos do Presidente e Bebianno vulnerabilizam a imagem do poder executivo e geram desgaste em um momento em que as energias precisam estar focadas.
    • O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) registrou expansão de 0,21% em dezembro, o que gerou certa surpresa para os analistas, que esperavam algo mais próximo de zero para o mês. Uma vez que o objetivo deste indicador é servir como uma proxy do que será o PIB, o qual só será conhecido no próximo mês, é importante notar o ritmo tênue que evolui a economia brasileira. No último trimestre de 2018, segundo o IBC-Br, a atividade apresentou expansão de apenas 0,2%, o que representaria um crescimento de 1,15% para todo o ano passado. Isso denota um processo bastante lento de recuperação, e uma base estatística mais baixa para 2019. Estamos confiantes que, mesmo que o PIB de 2019 seja revisto marginalmente para baixo nas próximas semanas, que as condições mais favoráveis no âmbito das condições financeiras, da confiança dos agentes econômicos e do ciclo de crédito irão nos levar a taxas de expansão interanuais importantes ao final deste ano.
    • Os indicadores de crédito na China ficaram melhores do que o esperado em janeiro, mostrando finalmente algum resposta ás diversas medidas de estímulo promovidas pelo governo nos últimos tempos. É verdade que tais ações são muito menos tímidas do que aquelas adotadas em 2008 ou em 2016, período de desaceleração forte da economia, mas já deveriam ter começado a reverter a perda de ritmo da atividade.
    • Apesar da melhora nestes dados de crédito, os números de inflação, em especial a inflação ao produtor, mostrou nova diminuição. Isso é importante, pois ela é bastante correlacionada com o lucro do setor industrial e, portanto, sugere redução dos resultados das empresas.

  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

     

    • O mercado local opera em compasso de espera pela divulgação da proposta de reforma da previdência, que hoje deve ter novos desdobramentos. Jair Bolsonaro afirmou que a questão da idade mínima teria definição nesta quinta-feira, acelerando a evolução do tema para que seja posteriormente encaminhado ao congresso. Entretanto, há ruídos nada desprezíveis no núcleo político, envolvendo agora o Secretário Geral da Presidência, Gustavo Bebianno e um dos filhos de Bolsonaro. Focos de tensão desta natureza desperdiçam energia do governo e geram desgaste, o que agrava a visão sobre a organização do PSL, partido do presidente da República.

    • Diante dessas confusões, a articulação da reforma no congresso fica sob menor controle de pessoas do Executivo ou de deputados mais próximos ao governo. Isso tende a pesar sobre uma eventual recuperação mais forte do Ibovespa. Ficamos, neste momento, muito à mercê da evolução dos mercados externos. Se as bolsas emergentes não avançarem ou se tiver uma queda nos EUA, então sofreremos juntos. Para um descolamento em nosso favor, é preciso, a partir de agora, novos catalisadores positivos no âmbito das reformas, mas em cima de um referencial já otimista que foi criado nas últimas semanas.

    • Na seara internacional, é bom dizer, há sim notícias favoráveis. Circulam informações de que Donald Trump considera prorrogar por até 60 dias o limite de tempo antes de impor aumento das sobretaxas nas importações da China. Essa extensão decorre da percepção de que as negociações caminham bem, embora possam não ser concluídas até o começo de março, prazo originalmente estipulado. O difícil é saber se tais “novidades” já não estão amplamente absorvidas pelos mercados. O índice S&P500 sobe mais de 17% desde as mínimas em dezembro, mostrando que existe uma compreensão de que os fundamentos da economia não são tão ruins como se achou durante aquele mês. Todavia, tampouco são tão positivos quanto o que se via até o início de outubro.

    • Os dados de comércio externo da China ficaram melhores do que o esperado em janeiro. As exportações cresceram 9,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra expectativas de contração de 3,3%. No caso das importações, muito importantes para inferir o vigor da demanda chinesa, houve queda de 1,5%, mas as projeções de consenso eram de um declínio significativamente maior, de 10,2%. Esses indicadores, no entanto, precisam ser enxergados com um grão de sal, pois  estão sujeitos a distorções decorrentes do feriado de ano novo lunar no início de fevereiro, o que pode ter transferido atividade comercial para janeiro.
  • OUTSOURCING: entenda como essa prática pode ser benéfica para o seu negócio

    OUTSOURCING

     

    Outsourcing é a prática de terceirizar serviços ligados à parte estratégica da empresa, ou seja, buscar fontes externas (“out”) para executar os trabalhos.

    Mas o Outsourcing não deve ser entendido como sinônimo de terceirização. Na verdade, trata-se de um tipo de terceirização: aquela utilizada para as áreas estratégicas da empresa.

    A terceirização que conhecemos é aquela utilizada para serviços mais rotineiros, como por exemplo, de limpeza e segurança, que normalmente não tem tanto valor agregado e estão mais distantes do core business da empresa.

    Outsourcing é a contratação de especialistas nas áreas que se tem menos knowhow para potencializar o resultado destes setores e atua nas áreas-chave da organização, como por exemplo, área de Vendas, Finanças e a área de TI (Tecnologia da Informação).

    Vamos entender como essa prática pode ser benéfica para o seu negócio?

    5 principais vantagens do Outsourcing

     

    • Redução de custos

    Apesar de ter que pagar outra empresa para fazer o trabalho , a redução de custos ocorre porque não haverá mais gastos com treinamentos ou com os estudos  sobre uma área que não se tem familiaridade.

    Além disso, a contratação de especialistas nessas áreas para trabalhar dentro das empresas custa muito mais do que se trabalhar com empresa de outsourcing.

     

    • Aumento da produtividade

    O aumento da produtividade é resultado do fato de cada um trabalhar na área que mais tem conhecimento e por isso, com maior capacidade para fazer o trabalho com excelência, acarretando o aumento da produtividade da equipe como um todo.

    Sem mencionar o fato de que, ao contratar uma empresa de outsourcing, a produtividade é função dela.

    O cliente deverá apenas monitorar se os prazos estão sendo cumpridos e se as metas estão sendo alcançadas pela empresa contratada.

     

    • Aumento da competitividade

    Os setores da empresa que antes tinham um desempenho menor, serão potencializadas pelo outsourcing e estarão trabalhando com alto desempenho

    Assim, as áreas que já são de alto desempenho na empresa ficarão ainda melhor, pois seus trabalhadores poderão focar apenas nelas.

    Com todos os setores desempenhando bem seus papéis, a empresa amplia sua força competitiva perante o mercado.

     

    • Foco no cliente

    Com especialistas cuidando de suas áreas de conhecimento, é possível focar sua atenção no que realmente importa: o cliente.

    E mais: com todas as áreas rodando com perfeição, não há mais necessidade de preocupações sobre como solucionar os problemas anteriormente existentes.

     

    • Redução de riscos.

    Com uma equipe bem preparada para potencializar determinada área, ou seja, com uma equipe com mais know how, as chances de que algo dê errado diminuem.

     

    Veja abaixo as principais dicas para trabalhar com outsourcing.

     

    Como a Compart atua no Outsourcing

     

    • Escutamos o cliente

    Alinhamos as expectativas e entendemos a fundo

    a sua cultura organizacional.

    • Trabalhamos com metas e indicadores

    Mensuramos dados e informações importantes para o cliente, através de indicadores.

    • Estamos sempre atualizados

    Como especialistas, entendemos as principais tendências e novos estudos nos setores contratados.

     

    Enfim, o outsourcing veio para solucionar problemas e auxiliar gestores em áreas estratégicas.

     

    Se tiver interesse, fale conosco.

     

     

     

  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

    • Nas duas primeiras semanas de fevereiro, com seis dias úteis, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,069 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,865 bilhões e importações de US$ 3,795 bilhões.

     

    • As bolsas internacionais tiveram um dia de valorização importante na terça feira, o que se estende aos negócios na Ásia e também na Europa na manhã de quarta feira. O S&P-500 subiu 1,29%, voltando a ultrapassar a máxima dos últimos dias. O Ibovespa, por sua vez, ganhou 1,86%, superando os 96 mil pontos. Em dólares o mercado acionário local registrou alta de mais de 2,5%, contra elevação pouco menor do que 1% entre os emergentes. Importante destacar que a bolsa de Xangai segue trajetória ascendente, com valorização de mais de 4% nos últimos três pregões. Na comparação com as mínimas do mês passado, o ganho já supera os 10%. Cabe ressaltar, no entanto, que em relação às máximas de janeiro de 2018, há uma distância de quase 30%.

     

    • Entre outras coisas, o que motivou a boa performance dos mercados nesta terça feira, foram declarações de Donald Trump sobre a possibilidade de postergar a data limite de 1º de março para o acordo com a China no âmbito da disputa comercial. Trump disse preferir não estender este prazo, mas mostrou boa vontade e otimismo com as conversas entre os dois países. Além disso, também se noticiou boas perspectivas para o impasse entre republicanos e democratas na negociação do orçamento nos EUA. O presidente norte-americano sinaliza que está inclinado a aceitar certas condições, mesmo que impliquem em menores recursos para a construção do muro na fronteira com o México. Consequentemente, as chances de nova paralisação do governo diminuem.

     

    • Em adição às notícias positivas do exterior, por aqui também circularam informações construtivas a respeito da reforma da previdência. Primeiramente por conta da saída de Bolsonaro do hospital, o que acelera a sua avaliação das propostas sobre a mesa, para que sejam encaminhadas ao Congresso. Foi ventilado que a equipe econômica já fechou os desenhos alternativos, os quais foram destinados a Paulo Guedes. Segundo o ministro, será decidida uma combinação de parâmetros que possibilitem a redução de gastos em cerca de 1 trilhão de reais no horizonte de 10 anos.

     

    • O real, neste contexto, apreciou mais de 1%, superando o bom desempenho das demais divisas emergentes. Na renda fixa, por sua vez, as taxas prefixadas cederam de forma mais moderada, mas, neste caso, é importante lembrar como elas já estão deprimidas frente alguns meses atrás.

     

    • Sobre os parâmetros da reforma da previdência, é sabida a preferência de Jair Bolsonaro pela diferenciação da idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres. Já circulou algumas vezes que ele tem como referência 62 anos para homens e 57 para as mulheres. Ontem a noite falava-se que a transição que poderia ser proposta pela equipe econômica chegaria a esses números no fim do mandato de Bolsonaro, mas que continuariam a subir posteriormente, talvez até 65 anos para ambos. Paulo Guedes vem enfatizando que é preciso compensar eventual redução da idade mínima com diminuição também do período de transição para chegar à economia fiscal de 1 trilhão de reais.

     

  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

    • Após uma semana sem negociações em função do feriado de ano-novo lunar, a bolsa de Xangai reabriu nesta segunda-feira com alta de mais de 1%, trazendo melhores perspectivas para os demais países emergentes. Entre outras coisas, atribui-se a valorização à evolução das negociações com os EUA em direção a um acordo na questão da disputa comercial. Na próxima quinta-feira o secretário de tesouro norte-americano se encontrará com autoridades graduadas na China e as expectativas são positivas.
    • Ainda no âmbito internacional, é interessante destacar que devido ao acidente envolvendo a Vale, o que reduz as perspectivas de produção da companhia, os preços do minério de ferro no mundo não param de subir. A possível diminuição de oferta tem levado a cotação às alturas, o que ajuda outros mercados correlacionados com a commodity.
    • Na Europa as bolsas também amanhecem com ganhos, após uma semana negativa encerrada na última sexta-feira. Nos EUA se espera para ver a evolução do S&P500, que ficou praticamente de lado na semana passada. Como pano de fundo no país, está ainda o impasse sobre a definição do orçamento. O prazo estabelecido para eventual retorno do shutdown (paralisação parcial de serviços públicos) do governo é o dia 15 de fevereiro, caso não haja acordo até lá. Neste domingo o noticiário dava conta de que Republicanos e Democratas divergiam em algumas questões, impedindo uma conciliação imediata. Entretanto, analistas acreditam que uma solução será alcançada.
    • Domesticamente o Ibovespa caiu no acumulado dos últimos cinco dias, num processo de realização de lucros e digestão das altas observadas desde o Natal. Os mercados acompanham os bastidores da reforma da previdência e esperam ansiosamente pela saída de Jair Bolsonaro de seu período de internação. O Presidente precisa decidir algumas questões cruciais para que a reforma inicie seu processo de tramitação.

             

             EVENTOS DOMÉSTICOS

    • Na semana serão divulgados indicadores de atividade referentes a dezembro, o que ajuda a concluir as projeções de crescimento do PIB no último trimestre de 2018. Entre quarta e sexta-feira, conheceremos as vendas no varejo, a pesquisa de serviços do IBGE e o índice de atividade IBC-Br, do Banco Central.
    • A pesquisa Focus do Banco Central trouxe uma importante redução nas projeções dos economistas para o IPCA ao final deste ano, a qual veio de 3,94% para 3,87%. A surpresa com o resultado do indicador oficial de inflação no país na última sexta-feira justifica parte relevante desta revisão, mas estamos atentos ao comportamento dos núcleos dos preços — que exclui do índice componentes mais sensíveis ao estágio do ciclo econômico, ou mesmo por sua elevada volatilidade — que parecem ter deixado o período mais baixo para trás. Isso não implica em pressões inflacionárias iminentes, é claro, dado que ainda vivenciamos um elevado grau de ociosidade na economia. Além disso, há de se convir que o IPCA está oscilando em níveis acomodados e em nível inferior às metas estabelecidas (4,25% para 2019), o que também dá gordura para absorção de eventuais choques, sem que seja necessária medidas no âmbito da política monetária. Por outro lado, tal comportamento destes núcleos e dos preços relativos ao setor de serviços abrem espaço para que surpresas adicionais para baixo se tornem menos frequentes. No mais não houve nenhuma alteração digna de nota.
  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

     

    • Em sua reunião de quinta-feira, o Banco Central optou, pela manutenção da Selic em 6,5% ao ano, após quase 1 ano nestes patamares. Em seu comunicado, porém, diferentemente do previsto por um número crescente de analistas, a instituição não sinalizou uma postura mais leniente. Ou seja, avaliou  que os riscos para a inflação, apesar de diminuírem, continuam pendendo para cima. Dada essa “assimetria” de riscos, reforçou o posicionamento levantado em seu Relatório de Inflação, de que é preciso, nestes momentos de incerteza e volatilidade, agir com “cautela, serenidade e perseverança”. Traduzindo, poderia ser precipitado assumir que, estando a inflação baixa, ela já está debelada de forma permanente. É necessário aguardar a concretização de certas mudanças estruturais domésticas e observar o quadro internacional.

    • Finalmente a bolsa brasileira passou por um dia de forte queda na última quarta-feira, depois de algumas semanas de alta intensa. O Ibovespa caiu 3,74%, vindo abaixo dos 95 mil pontos. Como gatilho para tanto estiveram notícias menos animadoras, primordialmente em relação à velocidade de tramitação da reforma da previdência. Foi ventilado que a mesma não deveria pegar carona no projeto já em tramitação de Michel Temer. Para nós, no entanto, não mudou o pano de fundo na leitura de cenário. Enxergávamos que alguma dúvida surgiria em torno das reformas após um fluxo extraordinário de notícias em janeiro,  que foi acompanhado de ganhos muito expressivos do mercado acionário. Desculpas para uma realização de lucros pareciam algo à espreita, e seria ingenuidade acreditar que tudo seria tão fluido na evolução da previdência.

    • Cabe raciocínio semelhante no mercado externo, no sentido de que a bolsa norte-americana, mas não somente ela, também estaria prestes a sofrer algum tipo de revés depois de semanas de recuperação intensa.  Isso não vale apenas para a renda variável desenvolvida, mas para os emergentes e outros setores, como o universo de renda fixa internacional. Foram registrados ganhos importantes nas aplicações em títulos de crédito (corporate e sovereign Bonds) em várias regiões. Se e quando todos estes mercados sofrerem alguma realização, isso igualmente tenderia a limitar nosso desempenho no Brasil.

    • As discussões sobre a reforma da previdência começam a ganhar contornos mais complicados após uma sequência de novidades positivas. Agora surgem os entraves políticos e são vistas a limitações impostas pela realidade do Congresso. A minuta vazada recentemente serviu como balão de ensaio para testar a reação de classes corporativistas e da opinião pública, o que ajuda a dimensionar de maneira mais precisa a estratégia para a sua aprovação. É bom lembrar que reforma verdadeiramente ruim é aquela que nunca sai do papel e a reforma perfeita nunca será aprovada. Então, é preciso chegar no meio do caminho. Paulo Guedes, ministro da economia, quer que o governo poupe 1 trilhão de reais com as mudanças nas regras previdenciárias. Para tanto, incluiu em seu projeto a idade mínima de 65 anos tanto para homens como mulheres. Não obstante, já temos aí um primeiro ponto de debate. Aparentemente Jair Bolsonaro quer algo menor para o sexo feminino, o que é compreensível. Essa equação terá solução de alguma forma intermediária. Cabe agora acompanhar o debate e os bastidores das negociações.

    • Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, comentou temas importantes ontem em entrevista concedida a uma emissora de televisão. Ponderou a necessidade de amplo debate sobre a reforma da previdência nas comissões e, portanto, a adoção de uma nova PEC (Proposta de Emenda Constitucional). Disse que o trabalho mais árduo é garantir a base de apoio, pois então se pode ter mais celeridade nos processos regimentares. Manteve que é possível ambicionar a primeira etapa de votação na Câmara já em maio. Outro aspecto levantado por Maia é que a pauta das medidas anticorrupção e de segurança propostas por Sérgio Moro deveriam ter tempo mais dilatado. A ideia é  que não podem absorver tanta energia do governo e parlamentares neste primeiro momento em que o foco deve ser a previdência.
  • BRIEFING MATINAL

    • A bolsa norte-americana não interrompeu o ciclo de retomada, acumulando agora quase 17% de alta desde as mínimas em dezembro. A sensação é de que há forte ansiedade entre os investidores que ficaram muito pessimistas no fim do ano passado , desfizeram suas posições e agora querem retornar às compras. Trata-se de uma questão mais técnica, que pode expor suas vulnerabilidades. É verdade que o fluxo de notícias sobre os fundamentos  ficou claramente bem “menos pior” após o último Natal. Houve a mudança na postura do FED, alívio nas tensões comerciais com a China, resultados corporativos satisfatórios e dados de crescimento que sustentam visão de uma economia estável no momento, afastando receios de recessão iminente. Isso tudo, no entanto, parece bem precificado, restando a dúvida sobre o que resta para nos surpreender positivamente. (VALOR; UOL; THE ECONOMIST)

    • Uma pergunta importante é se localmente nossa bolsa se sustenta caso os mercados acionários externos sofram uma realização. Por aqui, o Ibovespa demonstra muito vigor, resistindo às quedas mesmo em dias de noticiário menos favorável. No entanto, desde o início de janeiro, medida em dólares, a bolsa brasileira está praticamente  lado a lado em relação ao resto do mundo. Ou seja, estamos caminhando pari-passu com o resto, restando a dúvida se já poderíamos nos descolar mais fortemente em função das peculiaridades positivas que envolvem as nossas reformas e a perspectiva de aceleração do crescimento. ( SANTANDER PRIVATE ; XP ; VALOR)

    • O noticiário sobre a reforma da previdência trouxe informações de que provavelmente o governo não  seguirá com a proposta já em tramitação de Michel Temer. Isso alargaria o prazo até sua aprovação, mas, mesmo assim, Rodrigo Maia sinalizou que, tendo os votos, é possível fazer as votações até maio na Câmara dos Deputados. Outra questão debatida nesta terça-feira foi o grau de desidratação que a proposta da equipe econômica sofrerá pelo próprio Jair Bolsonaro. O presidente já mencionou que prefere uma idade mínima diferente e menor do que a dos homens, para as mulheres requererem aposentadoria. Segundo a minuta de reforma que andou circulando, o ministério da economia havia sugerido 65 anos para ambos. Enfim, não se sabe ao certo como tudo isso caminhará, parecendo razoável uma maior quantidade de ruídos sobre o tema nos próximos dias. ( GNEWS; NOTICIÁRIOS LOCAIS )

     

    • Houve nessa semana uma reunião de política monetária  do Banco Central. A expectativa é de manutenção da Selic, mas os analistas estarão atentos sobre as sinalizações quanto aos passos futuros. A curva de juros já começa a precificar alguma probabilidade de cortes mais à frente, debate que cresce entre os economistas.    ( SANTANDER PRIVATE ; XP ; VALOR)
  • BRIEFING MATINAL

    Por Vladimir Lima

    O Ibovespa voltou a atingir nova máxima histórica, pouco acima dos 98.500 pontos no início da semana. O índice foi apoiado pelo otimismo em torno da previdência, já que uma minuta sobre a proposta de reforma foi ventilada ao mercado, mostrando mudanças profundas, capazes de gerar boa economia aos cofres públicos. Além disso, em mensagem ao Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro reforçou as diretrizes de seu governo, dando ênfase a pontos importantes como as privatizações e as reformas tributárias e administrativas. No entanto, o fôlego do mercado local não se deu somente por essas questões, mas também foi impulsionado pela boa performance das bolsas externas. (UOL,VALOR,FOLHA,ESTADÃO)

    O S&P-500 demonstra força surpreendente. O pano de fundo realmente está melhor do que no fim de 2018, mas não há tantos temas remanescentes que ainda possam surpreender. Por ora, elencamos inúmeros fatores aparentemente bem incorporados aos preços: (i) os resultados corporativos estão satisfatórios; (ii) os indicadores de crescimento (ISM e dados de emprego) mais recentes não sancionam qualquer recessão nos EUA, mas sim um ritmo normal de crescimento; (iii) o Federal Reserve (Fed) aponta interrupção das altas dos juros, inclusive abrindo espaço para eventuais cortes ou revisão da política de reversão do quantitative easing; (iv) tem havido boa evolução do tema da disputa comercial sino-americana; e (v) na China há perspectivas de ainda mais estímulos que sustentem a atividade. Isso tudo vem apoiando a bolsa norte-americana, especialmente a nova postura do Fed.
    Desde então, é importante destacar que não foram necessárias notícias efetivamente boas, mas sim menos piores do que aquelas que causaram as quedas nos ativos de risco em primeiro lugar. Logo, depois de uma retomada de quase 15% desde as mínimas, fica difícil enxergar grandes ganhos adicionais das bolsas nos Estados Unidos.(The economist; UOL ; Valor)

    Na segunda feira, foi divulgada uma minuta que baliza a proposta de reforma previdenciária da equipe econômica de Jair Bolsonaro. Trata-se de um documento que prega mudanças profundas, mais incisivas do que aquelas presentes na reforma prevista por Michel Temer. Entre outras coisas, recomenda idade mínima de 65 anos tanto para homens como mulheres, a desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo, endurece regras de abono salarial, aumenta contribuição de militares e aperta as regras do funcionalismo. Evidentemente que em alguma medida a divulgação serve como balão de ensaio para testar a aceitação pública. Basta ver que algumas autoridades do governo já disseram que não se trata da proposta definitiva, mas apenas um dos desenhos em discussão. De todo modo, o que se observa hoje é que existe sim uma maior aceitação pela sociedade sobre a necessidade dos ajustes na previdência. Após bastante ênfase no tema, finalmente a população e até a classe política já começam a relacionar a crise econômica ao desequilíbrio nas contas públicas. Facilita essa compreensão o fato da visível deterioração na provisão de serviços essenciais como saúde e segurança, além da falta de pagamento para muitos funcionários do Estado. (Valor ; GNEWS; UOL )

    O presidente Jair Bolsonaro encaminhou mensagem ao Congresso devido ao início das atividades parlamentares, em que reforçou as diretrizes de seu governo. Além de, obviamente, salientar as mudanças na previdência, falou em reforma tributária, reforçou a ambição em torno das privatizações, da abertura comercial e independência do Banco Central. Logicamente que não são novidades, haja vista todo o discurso oficial desde o resultado das eleições, mas todos esses temas tem ganhado maior organização e vão adquirindo profundidade como linhas estratégicas. (Twitter da Presidência )